terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Pés descalços
E agora,
Sob um sol de sangue
Caminharei na direção correta,
Na idade que estou, não me permito erros
Em frente, é a direção
Tentativas erradas
Servem para reencontrar a flor desviada
Da maneira que gostamos de voar
E mesmo nem sempre podendo acertar
A vida nos oferece um vaso translúcido
de pequenas verdades
e grandes medos ocultos
Agora o melhor é caminhar
Deixar nossos pés criar profundas raízes
no útero da nossa estrada
Abrindo fendas para germinar
a nossa verdadeira face
Para todos chega o dia de gritar
a última dor sentida
Então, é quando a liberdade nos aninha
No leito da maturidade
E sentimos paz...
Que não encontramos
Nos turbilhões dos anos jovens
E agora,
Direi aos deuses que sou deles,
Aos amantes um abraço
Aos meus pais...?
Não saberei o que dizer,
Sou um misto de decepção com afronta
Uma mistura de tentativas desenfreadas e conquistas absurdas!
Inúteis insônias e inutéis lágrimas
Mas...
Agora...
Caminharei na direção correta
Firme, firme...
E tão transparente que serei imperceptível
Não quero fazer barulho, incomodar os que dormem
Tão certa, tão decisiva que serei quase um soldado,
Tão solitária e cansada, que nada será dito
Porque estou me afundando prazerosamente no silêncio
Que perdoa as lacunas...
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Syse,
ResponderEliminarVocê é uma grande artista. Poeta da alma, poeta da existência, poeta da vida!
Margot